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04/04/2023 10H33

A ex-deputada Flordelis concedeu a sua primeira
entrevista, após ter sido condenada a meio século de prisão por ter sido a
mentora do assassinato do pastor Anderson do Carmo, seu próprio marido, morto
com mais de 30 tiros na garagem da sua própria residência, no Rio de
Janeiro.
Flordelis, também conhecida pelo título de pastora, não
confessou o crime e em vez de demonstrar algum arrependimento pessoal no
tocante às próprias atitudes, resolveu atacar o falecido pastor, acusando-o de
ter destruído a sua família.
“Antes, alternava sentimentos de saudades e ódio.
Recentemente, entrei na Justiça para tirar o nome [Souza] dele do meu. Hoje
reconheço todos os males que ele fez a mim, às minhas filhas, às minhas netas,
destruindo toda a minha família”, disse ela.
Em outro momento, falando de modo genérico, a ex-deputada
federal também atacou “esse evangelho”, vinculando o ensino bíblico ao
relacionamento conturbado com o pastor Anderson.
Se referindo aos seus erros, Flordelis disse que “o maior
deles foi ter entregue a minha vida ao meu marido. No casamento, me calei e me
anulei para tudo. O evangelho no qual fui criada me colocou como apêndice do
pastor Anderson”.
Sem apresentar provas, a ex-deputada continuou atacando o
falecido marido, o acusando de violência. “Esse evangelho dava a ele permissão
para controlar a minha vida, me violentar e me agredir permanentemente”,
destacou.
Esperança
Sobre a condenação de 50 anos, Flordelis disse que mantem
a esperança de obter um novo julgamento. No dia em que ouviu a sua sentença
pela Justiça, a ex-deputada disse estava profundamente abalada.
“Meu corpo estava no tribunal no dia do veredito. Mas, a
minha alma ficou encolhida na cadeia. Senti o peso da condenação. Foi muito
duro enfrentar tudo aquilo. Quando ouvi a sentença de 50 anos, um buraco se abriu
sob meus pés”, disse ela.
“No entanto, a absolvição da Marzy, Rayane e André Luiz
me mostrou que posso ter um novo julgamento”, frisou. Por fim, a ex-deputada
manteve a sua postura com relação às acusações, dizendo que não confessará a
mentoria do plano de assassinato de Anderson.
“Jamais confessarei o que não fiz! Não matei o Anderson
do Carmo! Nem mandei matá-lo! Prefiro ficar na prisão por 50 anos sendo
inocente do que bem menos tempo confessando o que não fiz”, concluiu, segundo
o Metrópoles.
“No entanto, a absolvição da Marzy, Rayane e André Luiz me mostrou que posso ter um novo julgamento”, frisou. Por fim, a ex-deputada manteve a sua postura com relação às acusações, dizendo que não confessará a mentoria do plano de assassinato de Anderson.